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TDAH: Tratamento terapêutico e medicamentoso


O Tratamento do TDAH deve ser multidisciplinar, ou seja, uma combinação de terapias, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas. A medicação, na maioria dos casos, faz parte do tratamento.

A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental que no Brasil é uma atribuição exclusiva de psicólogos ou profissionais especializados nesta terapia. 

O tratamento com fonoaudiólogo, psicopedagogo ou neuropsicopedagogo está recomendado em casos específicos onde existem, simultaneamente, Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia). 

O TDAH não é um problema de aprendizado, como a Dislexia e a Disortografia, mas as dificuldades em manter a atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos estudos. 

É necessário que os professores conheçam técnicas que auxiliem os alunos com TDAH a ter melhor desempenho. Em alguns casos é necessário ensinar ao aluno técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades.

Além disso, para que o tratamento do TDAH infantil seja eficaz é muito importante que os pais e professores se envolvam no tratamento, melhorando o ambiente em que a criança convive, através da criação de uma rotina, organização do ambiente e o oferecimento de atividades no momento certo. 

1) Tratamento Medicamentoso

Quando necessário o tratamento para o TDAH é feito com remédios que promovem uma diminuição da impulsividade, desatenção e dos sintomas do movimento, facilitando melhor interação social e desempenho na escola ou trabalho. As opções incluem:

  • Psicoestimulantes, como Metilfenidato (Ritalina), são a primeira escolha para o tratamento;
  • Antidepressivos, como Imipramina, Nortriptilina, Atomoxetina, Desipramina ou Bupropiona, por exemplo;
  • Antipsicóticos, como Tioridazina ou Risperidona, por exemplo, são úteis somente em casos específicos para controle do comportamento inadequado.

No caso de dificuldades com o tratamento, ainda existem outros medicamentos que podem ser usados, como Clonidina ou Guanfacina, por exemplo. O tipo de remédio, doses e tempo de uso são determinadas pelo psiquiatra, de acordo com a necessidade de cada criança ou do adulto.  

2) Tratamento Terapêutico 

A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental, e tem o foco no apoio a mudanças do comportamento e à criação de melhores hábitos, permitindo um enfrentamento dos problemas causados pelo TDAH, trazendo motivação e autonomia. 

Além disso, a intervenção psicopedagógica é indispensável para sanar os problemas escolares.

O tratamento com fonoaudiólogo é recomendado em casos específicos onde existem, simultaneamente, transtorno de leitura, conhecida como dislexia, ou transtorno da expressão escrita, conhecida como disortografia.

3) Tratamentos Naturais

O tratamento alternativo para TDAH, que não substitui mas auxiliam no tratamento da pessoa com TDAH, inclui:

Técnicas de relaxamento e meditação, através do yoga, acupuntura e shiatsu, por exemplo, pois ajudam a controlar os sintomas de agitação e melhorar a concentração;

Manutenção de um ambiente de casa organizado, com regras e que facilitem o desenvolvimento das tarefas e melhorem a concentração, já que o ambiente desorganizado pode influenciar no comportamento de impulsividade, hiperatividade e desatenção;

Estímulo à prática de atividades físicas é essencial para diminuir a hiperatividade, pois ajuda a gastar a energia e relaxar;

Cuidados com a alimentação, evitando-se alimentos ricos em corantes, conservantes, açúcares e gordura, que podem piorar o comportamento e impulsividade.  

4) Tratamentos e Cuidados nas Comorbidades

O tratamento de quem é diagnosticado com outras condições associadas ao TDAH é feito de forma isolada para cada tipo de doença, o que acaba fazendo com que a melhora dos sintomas seja mais lenta se comparada com os demais casos.

Mas, independentemente se a pessoa é diagnosticada somente com Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade ou com outras comorbidades, existem tratamentos que acabam servindo universalmente, como a psicoterapia, a medicação, a informação e a conscientização, por exemplo.

Além disso, a prática de atividades físicas pode ajudar no controle da impulsividade, da hiperatividade, do foco e da atenção, assim como proporciona sensações agradáveis que acabam regulando o humor e o prazer.

Sem contar no exercício da organização, para aliviar a sobrecarga e servir como uma forma de distração, e da rotina, para que haja a compreensão de que existe horário com o intuito de fazê-lo a se dedicar às atividades e de ajudá-lo a concluir todas as funções sem interrompê-las.


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É proibida a reprodução deste artigo ou parte dele sem prévia autorização da autora. Lei nº 9.610 de 19/02/1998, com alterações dadas pela Lei nº 12.853, de 2013. 

Se usar cite a referência:

SOUZA NEVES, Regiane. Entendendo o Déficit de Atenção e a Hiperatividade.  Souza & Neves Edições. Clube de Autores. 1ª edição. São Paulo, 2021 (ISBN: 978-65-5392-523-6)