A avaliação escolar é uma ferramenta diagnóstica há muito tempo presente nas instituições de ensino, acabando por se consolidar como parte da cultura escolar. Sua função é fazer uma leitura da efetividade do processo de ensino-aprendizagem, mensurar a qualidade do ensino e contribuir para sua melhoria contínua.
É preciso ter uma atenção personalizada e cuidadosa sobre a avaliação escolar. É necessário medir se os alunos apresentam melhor ou pior desempenho, conforme análises e observações realizadas, provas e sondagens como conhecemos num método tradicional, não serão mais o único meio de avaliar.
Dessa forma, é possível oferecer um modelo de ensino diferenciado e que atende às necessidades educacionais de todos os educandos e direcione a aprendizagem para o sucesso, não o fracasso. Além disso, os dados na avaliação interferem em aspectos, como:
• acompanhamento pedagógico: fornecem insights sobre a performance de turmas e alunos, o que permite identificar pontos fortes e fracos. A partir disso, os conteúdos são fortalecidos e o planejamento é cumprido, já que estabelece o acompanhamento individual;
• avaliação docente: geram resultados para medir a metodologia aplicada, a didática do professor e as ferramentas pedagógicas utilizadas para atingir os objetivos educacionais.
Os dados adquiridos por meio das avaliações são importantes aliados da transformação no ensino. A aplicação de ferramentas permitem impactar as metodologias de aprendizagem e melhorar os processos internos. Como consequência, auxilia na construção do conhecimento dos estudantes.
Uma das mudanças mais importantes na Escola do Futuro é o protagonismo dos estudantes, que devem passar de meros telespectadores a peças realmente ativas em seu processo de ensino-aprendizagem.
Atualmente, a BNCC Base Nacional Comum Curricular, prevê métodos de avaliação que melhor de adaptam a realidade dos alunos. Veja uma passagem do documento em que isso fica bem claro:
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.
Tudo isso converge para as possibilidades do ensino híbrido, que tem se mostrado não como o futuro, mas como o presente da educação, já que busca unir o melhor do ensino presencial e do ensino online.
Portanto, atividades online, como pesquisas, redações feitas por meio de plataformas digitais, trabalhos digitados, simulados escolares virtuais etc, estão de acordo com a BNCC e se mostram cada vez mais produtivos para o desenvolvimento dos estudantes.
Além disso, a avaliação escolar de acordo com a BNCC tem um papel central na educação dos alunos e não pode ser feita somente no final do ano letivo.
Assim, os professores precisam realizar observações e registros ao longo de todo o ano para que, depois, tudo isso seja reunido em um portfólio ou documento síntese.
Os registros ajudarão a nortear a prática de sala de aula e possibilitar um replanejamento das atividades, sempre que necessário.
Por fim, outra forma de avaliação escolar de acordo com a BNCC é reservar alguns momentos da semana para estudar e promover discussões com a equipe pedagógica sobre as diretrizes da BNCC. Isso trará mais clareza para os professores na hora de avaliar a turma de forma a identificar se os alunos estão realmente aprendendo o conteúdo passado.
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Se usar cite a referência:
SOUZA NEVES, Regiane. Escola do Futuro: implantação e metodologia - Soluções Educacionais. Souza & Neves Edições. Clube de Autores. 1ª edição. São Paulo, 2023 (ISBN: 978-65-266-1267-5)
