A alfabetização é definida como o processo de aprendizagem onde se desenvolve a habilidade de ler e escrever de maneira adequada e a utilizar esta habilidade como um código de comunicação com o seu meio. É o processo onde os educadores procuram dar mais atenção durante o período de educação inicial escolar, através do desenvolvimento das atividades da alfabetização, que envolvem o aprendizado do alfabeto e dos números, a coordenação motora e a formação de palavras, sílabas e pequenas frases.
Através destas tarefas, o indivíduo consegue adquirir a habilidade de leitura, de compreensão de textos e da linguagem de maneira geral, incluindo a operação de números, que são competências necessárias para avançar aos níveis escolares seguintes. A responsabilidade é de todo o sistema, não apenas do professor.
A Escola do Futuro deverá dar ênfase a esta aprendizagem. No entanto, para conquistar a alfabetização e, posteriormente, a leitura fluente, é necessário darmos importância para todas as tarefas que antecedem essa aprendizagem o que chamamos de prontidão para a alfabetização. Isso, não vai acabar ou sair de moda, mesmo em uma escola do futuro.
A importância das atividades de prontidão para alfabetização
Não se pensa numa Escola do Futuro esquecendo tudo o que deu certo no passado! Desenvolver a prontidão para a alfabetização na verdade desenvolve várias outras áreas da aprendizagem. É através deste desenvolvimento que as crianças conseguirão adquirir conhecimentos linguísticos, matemáticos, naturais, artísticos, científicos, humanísticos, tecnológicos, entre outros.
Mesmo em uma Escola do Futuro, crianças e adolescentes precisam desenvolver ou potencializar habilidades. E, que fique claro, na Escola do Futuro não deverá ter apenas componentes e conteúdos ministrados em ferramentas tecnológicas, pois a melhor das ferramentas ainda será a interação do professor e do aluno.
Crianças e adolescentes com bom desenvolvimento neuropsicomotor conseguem adquirir mais conhecimentos gerais, desenvolvem prontidão para o raciocínio lógico (cálculo) e linguístico (leitura, escrita e interpretação). Além, de conseguir interpretar o mundo a sua volta com mais exatidão e equilíbrio emocional.
Atividades de contorno, recorte, colagem, pintura, escultura, desenho, manuseio de texturas diversas, experimentos com vários tipos de materiais da natureza, deverão ser práticas diárias para alcançar os objetivos educacionais em qualquer fase de ensino.
- Aspecto físico-motor: desenvolver a maturação do corpo e da mente.
- Aspecto intelectual: desenvolver a capacidade cognitiva.
- Aspecto afetivo-emocional: desenvolver a capacidade de integrar experiências e emoções, construindo seus sentimentos.
- Aspecto social: desenvolver reações e posturas relacionadas às vivências em sociedade.
Recomendações do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp):
É recomendado que crianças de até 2 anos de idade não tenham qualquer contato com nenhum tipo de tela. Dos 2 aos 8 anos o uso de telas está liberado para o período de, no máximo uma hora por dia. E, apesar de hoje ser bastante comum as crianças com celulares e tablets nas mãos, o uso destes aparelhos só é indicado após os 8 anos de idade e mesmo assim, por até duas horas diárias.