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Entendendo a Deficiência Auditiva


É a perda parcial ou total da audição, causada por má-formação (causa genética) ou lesão nas estruturas que compõem o aparelho auditivo. Existem pessoas com deficiência auditiva que não usam Libras como forma de comunicação, mas utilizam a leitura labial ou apresentam um implante coclear, que é um equipamento implantado cirurgicamente na orelha, para estimular o nervo auditivo e recriar as sensações sonoras.

São classificadas de acordo com a incapacidade de detectar determinada quantidade de decibéis:

  • Leve: existe dificuldade em compreender a fala humana.
  • Moderada e Severa: há a necessidade do uso de aparelho ou prótese auditiva e, em alguns casos, torna-se necessário o uso da língua de sinais.
  • Profunda: torna-se necessário o uso de técnicas de leitura labial e de língua de sinais para a comunicação.

Dicas de Relacionamento e Inclusão da Pessoa com Deficiência Auditiva: 

  • Para iniciar uma conversa com uma pessoa surda, acene ou toque levemente em seu ombro ou braço; Pessoas surdas se comunicam de maneira essencialmente visual e pela Língua Brasileira de Sinais (Libras); Mantenha contato visual durante as conversas, pois, se desviar o olhar, poderá dar a entender que a conversa acabou; 
  • Procure falar de modo natural, mas articulando bem a pronúncia das palavras; Não é necessário falar pausadamente a menos que seja solicitado; Não grite. Fale com tom de voz normal, a não ser que lhe peçam para falar mais alto; Evite colocar objetos ou a própria mão na boca, para não atrapalhar a leitura labial; Se tiver dificuldade para entendê-lo, não tenha receio de pedir que repita; Se necessário, comunique-se por meio da escrita ou faça mímicas e gestos que possam identificar o que você quer dizer; Quando o surdo estiver acompanhado de intérprete, fale diretamente com a pessoa surda, não com o intérprete.


Algumas dicas para inclusão do aluno com Deficiência Auditiva na sala de aula:
  • Apresentar ao aluno uma síntese provisória da aula por escrito. Dirigir-se sempre ao aluno para localizá-lo sobre o tema que está sendo falado em sala (falar perto, devagar e olhando para o aluno). Oferecer questões indicativas para estudo individual dos conteúdos fundamentais da disciplina, especialmente nos textos mais extensos. Cuidar que os vídeos utilizados tenham legenda. Quando necessário estabelecer o sistema de monitoria para estudos. Fixar em murais recados e avisos sobre trabalhos, provas, aulas práticas, laboratoriais, mudanças de horários de atividades programadas, para garantir que o aluno surdo tenha acesso a todas as informações que os outros alunos estão recebendo. 
  • Ao serem apresentados seminários pelos outros alunos, considere métodos diferenciados para o aluno com deficiência auditiva – inclusive este é um espaço significativo para uma aprendizagem diferenciada. Indicar o tema da aula seguinte, no sentido de possibilitar ao aluno a leitura antecipada do conteúdo proposto.
  • Corrigir a produção escrita de maneira diferenciada, levando em consideração o que está proposto na portaria N.3284/2003, do MEC (“flexibilidade na correção das provas escritas, valorizando o conteúdo semântico”). Propor avaliações mais objetivas, ou, realizar avaliações orais com a tradução do intérprete de LIBRAS. Essas avaliações, caso o professor ache necessário, podem ser filmadas ou gravadas em áudio para ficarem registradas. Flexibilização do tempo e diferenciação da metodologia, caso o aluno tenha grandes dificuldades com a interpretação da língua portuguesa escrita. Evitar prova surpresa sobre o conteúdo da aula do dia, justamente pelo tempo necessário para internalização do conteúdo pelo aluno. Indicar onde seria interessante a presença do intérprete de LIBRAS (avaliações onde o aluno precisaria comunicar-se oralmente com o grupo – docentes e discentes). Avaliar continuamente, considerando os diagnósticos iniciais e a construção gradual do conhecimento por parte do aluno em questão.

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É proibida a reprodução deste artigo ou parte dele sem prévia autorização da autora. Lei nº 9.610 de 19/02/1998, com alterações dadas pela Lei nº 12.853, de 2013. 

Se usar cite a referência:

SOUZA NEVES, Regiane. Inclusão Escolar - Soluções Educacionais. Souza & Neves Edições. Clube de Autores. 1ª edição. São Paulo, 2023 (ISBN: 978-65-266-1262-0)