Entendendo a Deficiência Física


São alterações completas ou parciais de um ou mais segmentos do corpo humano, que acarretam o comprometimento da mobilidade e da coordenação geral, podendo também afetar a fala, em diferentes graus.

As deficiências físicas mais comuns são:

  • Paraplegia: perda total das funções motoras.
  • Monoplegia: perda parcial das funções motoras de um só membro (podendo ser superior ou inferior).
  • Tetraplegia: perda total das funções motoras dos membros superiores e inferiores.
  • Hemiplegia: perda total das funções motoras de um hemisfério do corpo (direito ou esquerdo).
  • Ostomia: é uma intervenção cirúrgica que permite criar uma comunicação entre o órgão interno e o externo, com a finalidade de eliminar os dejetos do organismo. Os ostomizados são pessoas que utilizam um dispositivo, geralmente uma bolsa, que permite recolher o conteúdo a ser eliminado através do ostoma.
  • Amputação: é a remoção de uma extremidade do corpo.
  • Nanismo: é uma doença genética que provoca um crescimento esquelético anormal, resultando num indivíduo cuja altura é muito menor que a altura média de toda a população.
  • Paralisia cerebral: diz respeito a uma lesão cerebral que acontece, em geral, quando falta oxigênio no cérebro do bebê durante a gestação, no parto ou até dois anos após o nascimento (traumatismos, envenenamentos ou doenças graves). Dependendo do local do cérebro onde ocorre a lesão e do número de células atingidas, a paralisia danifica o funcionamento de diferentes partes do corpo. A principal característica é um desequilíbrio na contenção muscular que causa tensão, inclui dificuldades de força e equilíbrio e comprometimento da coordenação motora.


Dicas de Relacionamento e Inclusão da Pessoa com Deficiência Física: 
  • Não se apoie na cadeira de rodas. Isso pode causar incômodo à pessoa com deficiência; 
  • Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão e perguntar como deve proceder; 
  • Se estiver acompanhando uma pessoa que anda devagar, em cadeira de rodas ou que use muletas ou bengalas, procure acompanhar o seu ritmo; 
  • Se estiver conversando com uma pessoa em cadeira de rodas, sente-se também, de modo que seus olhos fiquem no mesmo nível do olhar da pessoa; 
  • Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa com deficiência; 
  • Use palavras como “correr” e “andar” naturalmente. As pessoas com deficiência física também usam esses termos; 
  • A pessoa com paralisia cerebral pode apresentar alguma dificuldade na comunicação. No entanto, na maioria das vezes, o seu raciocínio está intacto. Caso não compreenda o que diz, peça que repita ou escreva, respeitando o ritmo de sua fala. Não infantilize a pessoa adulta por causa da sua deficiência. 

Adaptações na estrutura escolar para atender alunos e demais pessoas com deficiência física na escola:
  • A escola necessita de um detalhado estudo sobre a sua estrutura. É fundamental tratar o aluno de forma que ele se sinta incluído e uma pessoa que tem direitos e deveres como qualquer outro, que necessita apenas de uma adaptação física e estrutural para melhor se adaptar ao ambiente e assim conseguir ser independente.
  • Para incluir um aluno com deficiência física na escola é necessário que a escola possua adaptações coerentes com a necessidade do aluno como: portas largas, rampas de acesso ou elevador, cadeira adaptada para banheiro, sanitário adaptado, mesa acoplada na cadeira de rodas, entre outros itens.
  • A integração em sala de aula é fundamental. A professora deverá conversar com seus alunos primeiramente sobre a deficiência do aluno. Os alunos precisam estar preparados para receber o colega. Muitas vezes a discriminação acontece pela falta de conhecimento, ou por não saber lidar com uma situação nova.

Algumas dicas para inclusão do aluno com limitações motoras na sala de aula:
  • O aluno deve ficar sempre na frente e no meio da sala, pois isto facilita a sua atenção e integração na turma;
  • O aluno deve ser tratado com naturalidade e sua participação nas atividades em grupo deve ser sempre estimulada; 
  • Poderá ser necessário que o aluno tenha um tempo maior que os outros para realizar as atividades e avaliações, quando a sua dificuldade motora for também no membro superior, isso inclusive é garantido por lei. Lembre-se que ele tem esse direito;
  • Alguns podem utilizar-se de adaptações para escrita, máquinas de escrever ou até mesmo computadores para escrever, é necessário que a escola tenha os materiais didáticos e pedagógicos adaptados que atendam a necessidade do aluno; 
  • Para as atividades extraclasse é importante avaliar previamente a acessibilidade do local para garantir que o aluno possa ir, sem maiores transtornos ou constrangimentos. Se o local não tem acessibilidade, escolha outro. A inclusão só existe quando todos os alunos podem participar de todas as atividades propostas;
  • Quando o aluno tiver uma dificuldade cognitiva associada à limitação motora poderá ser necessária alguma adaptação curricular, pra isso deve realizar um prévio diagnóstico dos seus conhecimentos e assim organizar o PEI e a adaptação curricular;
  • O aluno pode necessitar de algum auxílio ao entrar e sair da sala, apenas ofereça ajuda e ajude-o se ele desejar, para não constrangê-lo perante os demais;
  • Se for possível, a sala de aula deve ser organizada de forma que o aluno com deficiência física ou mobilidade reduzida possa circular sem dificuldades.
  • Inclusão escolar é acolher todas as pessoas, sem exceção, no sistema de ensino, independentemente de cor, classe social e condições físicas e intelectuais. Lembre-se, somos todos diferentes, todos temos dificuldades e é isso o que nos torna iguais.

Todos os direitos reservados.

É proibida a reprodução deste artigo ou parte dele sem prévia autorização da autora. Lei nº 9.610 de 19/02/1998, com alterações dadas pela Lei nº 12.853, de 2013. 

Se usar cite a referência:

SOUZA NEVES, Regiane. Inclusão Escolar - Soluções Educacionais. Souza & Neves Edições. Clube de Autores. 1ª edição. São Paulo, 2023 (ISBN: 978-65-266-1262-0)